Sutil diferença.

Eis a diferença, a sutil diferença entre um amor e uma paixão: A maturidade
Especialistas afirmam que a paixão dura no máximo 4 anos. Ela é rápida, intensa, avassaladora.
Faz com que uma pessoa não meça esforços pra ter o ser desejado.
Já o amor não. Os mesmos especialistas afirmam que o amor é um sentimento eterno, doce e apaziguador. Ele se doa sem exigências. Quando uma pessoa esta amando, o mundo pode estar explodindo, que mesmo assim, ela vai preferir ficar ali, olhando a pessoa amada dormir. Como se tivesse que protegê-la ate de um pesadelo.
Existe algo mais instintivo do que conquistar uma pessoa, somente pra suprir um desejo carnal seu? Existe algo mais instintivo do que a paixão?
Existe algo mais nobre do que abrir mao da pessoa que ama quando a felicidade dela não esta ao seu lado? Existe algo mais nobre do que o amor?
Um amor verdadeiro faz com que um homem comum entre pra a historia da humanidade, ele muda roteiros de civilizações, sacode o mundo, se preciso for.
Uma paixão verdadeira destrói confianças, destrói famílias e no fim, resulta no íntimo de cada ser, um pouco mais de solidão

Sem amor, só a loucura.

- Você tem um cigarro?
- Nao. estou tentando parar de fumar
- Eu tambem, mas queria algo nas maos agora
- Voce tem algo nas maos agora.
- Eu?
- Eu!
(silencio)

- Amanha vou embora pra Paris.
- Amanha vou embora pra Natal
- Quando a noite fria chegar, ficarei na cama pensando em dormir com você.
- Quando a noite quente chegar vou ficar na rede, pensando em dormir com você.
- Vou te escrever carta e não te mandar.
- Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
- Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher, sem encontrar.
- Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
(Silêncio)

- Mas não seria natural. Natural é encontrar. Natural é perder.
- Linhas paralelas se encontram no infinito.
- O infinito não acaba. O infinito é nunca.
- Ou sempre.
(Silêncio)

Ela abriu os olhos em um dia claro, tipico de cidade litorânea, vestiu uma roupa qualquer e foi em direçao a praia. Caminhou em meio a areia e o vento com o intuito de acalmar um coraçao que estava tao arisco como o mar.
Sentou em uma pedra, colocou um fone no ouvido, fechou os olhos e tentou nao pensar em nada, simplesmente sentir. Sentir a batida da musica, o vento no rosto, sentir as ondas colidindo com a pedra onde estava sentada, sentir tudo isso e um pouco mais, sentir algo chamado 'paz'. E por incrivel que possa ser, ela conseguiu. Conseguiu se sentir a pessoa mais tranquila do universo.
O mundo poderia estar explodindo, naquele momento, ela nao ligaria, muito menos se estressaria. O tempo parecia ter parado, uma geminiana parecia ter parado, tudo parecia ter parado.
Mas era uma ilusao, doce, porém ilusao.
Nada tinha parado, o mundo continuava a girar, os problemas continuavam a existir e era necessario, pelo menos, tentar resolve-los.

Ela abriu os olhos e aos poucos foi voltando pra algo que nao estava acostumada, a inevitavel: Realidade.

" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez' "